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Café - Brasil exporta 44.5 milhões de sacas de café em 2020 e registra novo recorde histórico
Data: 21/1/2021

Em 2020, o Brasil exportou 44.5 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado e moído, informou o relatório consolidado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O dado confere ao País um novo recorde histórico das exportações do produto para o ano e representa um aumento de 9,40% em relação ao volume total exportado em 2019.
A receita cambial com as exportações no ano passado totalizou US$ 5.6 bilhões, com aumento de 10,30% em relação a de 2019 e equivalente a R$ 29 bilhões. Isso significa uma alta de 44,10% na conversão para reais, representando 5,60% das exportações do agronegócio e de 2,70% dos embarques totais do País. Já o preço médio da saca no ano foi de US$ 126,52.
Do volume total exportado, 40.4 milhões de sacas foram de café verde, com aumento de 10,20% em comparação com 2019. Os cafés verdes são compostos pelos cafés arábica – cujas exportações totalizaram 35.5 milhões de sacas, com alta de 8,40% em relação a 2019 e recorde histórico para essa variedade – e robusta (conilon), com 4.9 milhões de sacas exportadas e crescimento de 24,30%, também o maior volume exportado na história.
Já as exportações de cafés industrializados foram de 4.1 milhões de sacas, representando um aumento de 2,30% no período, com destaque para os embarques de café solúvel dentro da modalidade, que foram de 4.1 milhões de sacas, com alta de 2,40% e embarques recorde do produto industrializado. Com relação às variedades exportadas, 79,70% foram de café arábica, 11,10% de robusta e 9,20% de solúvel.
Cenários
“O café no Brasil está próximo de completar 300 anos desde a sua chegada, pois segundo consta nos registros, o desembarque das primeiras mudas no País data de 1727 e as exportações tiveram início em meados de 1800. Nestes quase três séculos, o Brasil e o mundo passaram por enormes desafios, que foram enfrentados e superados com sucesso, bem como colaboraram para atingirmos uma forte maturidade na cadeia do agronegócio café”, afirmou Nelson Carvalhaes, que esteve à frente da presidência do Cecafé.
“Devido à pandemia do Covid-19, estamos passando por um período desafiador e, ao mesmo tempo, tivemos uma das maiores safras e concluímos com uma exportação de 44.5 milhões de sacas, batendo um recorde histórico”, disse o executivo. “Importante lembrar que temos mais de 2.2 milhões de hectares de café distribuídos por inúmeros estados e suas devidas regiões neste País de dimensão continental, e contamos com mais de 264.000 produtores sendo que 72% são pequenos produtores”.
Ciente de que toda a cadeia envolve o trabalho de milhões de pessoas, prosseguiu Carvalhaes, “o Cecafé, como legítimo representante do segmento de exportação, não poupou esforços em se empenhar com iniciativas e medidas de segurança no intuito de preservar a saúde de todos os envolvidos no processo exportador, seguindo rigorosamente as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde), governos federal, estaduais e municipais desde o início da pandemia”.
O executivo disse ainda que “a sustentabilidade aliada ao ‘S’ de Saúde é um forte pilar do nosso café e é por isso que nos empenhamos para que o produto chegue a mais de 130 países com a maior segurança e respeito”.
Gestão
Carvalhaes também destacou, no relatório do Cecafé, o término de sua gestão frente ao Conselho. “Com tudo isso, gostaria de participar do encerramento de minha gestão como presidente do Cecafé, segundo os estatutos democráticos que permitem eleição e uma reeleição da presidência”.
Entre as ações promovidas no período, Carvalhaes ressaltou a representação técnico-política nos temas tributários e logísticos, a promoção da imagem do café brasileiro junto às embaixadas de países importadores e um trabalho voltado ao fortalecimento da sustentabilidade do café brasileiro, “por meio de sólidos programas de responsabilidade social e de uma comunicação assertiva para os consumidores do mundo”.
Carvalhaes acrescentou que o Cecafé ampliou seu “market-share” no mundo, “onde de cada três xícaras de café consumidas, mais de uma é do Brasil”. Além disso, ele destacou a certificação dos cafés arábicas junto à Bolsa de Café de Nova Iorque, bem como dos cafés robustas na Bolsa de Café de Londres, por parte dos exportadores brasileiros.
“Sigo no Cecafé como membro do Conselho e feliz com o sentimento de missão cumprida, deixando toda a estrutura organizada, pilares sólidos, uma equipe altamente capacitada, e desejo muito sucesso para a próxima gestão que assume a partir de agora”, concluiu Carvalhaes, informando que Nicolas Rueda Latiff, da Ed&F Man Volcafé, assume a presidência da entidade, e Günter Häusler, da Neumann Kaffee Gruppe, a vice-presidência.
Desempenho em dezembro
No último mês de 2020, o Brasil exportou 4.3 milhões de sacas de café, dado que representa um recorde histórico em volume exportado para o mês, além do aumento de 38,60% em relação a dezembro de 2019. A receita cambial gerada no período foi de US$ 541 milhões, com alta de 37,10% e equivalente a R$ 2.8 bilhões. Isso representa um crescimento de 71,70% na conversão para reais. Já o preço médio da saca de café no mês foi de US$ 126,92.
As exportações de cafés verdes somaram 3.9 milhões de sacas (aumento de 41,80% em relação a dezembro de 2019) sendo 3.5 milhões de sacas de café arábica (alta de 46,30%) e 381.000 sacas de robusta (aumento de 10,10%). Os cafés industrializados corresponderam a 353.100 sacas embarcadas (com aumento de 11,30%), sendo 352.000 sacas de café solúvel (alta de 11,50%) e 1.400 sacas de torrado & moído.
Ano-safra 2020/21
Nos seis primeiros meses do ano-safra 2020/21 (julho a dezembro), o Brasil exportou 24.5 milhões de sacas de café, representando também o maior volume histórico exportado para o período, com aumento de 21% em relação ao mesmo período do ciclo anterior (2019/20). A receita cambial gerada no período foi de US$ 3 bilhões, com alta de 18,90% e equivalente a R$ 16.3 bilhões que, na conversão para reais, representa um aumento de 58,40%. O preço médio da saca no período foi de US$ 123,16.
As exportações de café verde somaram 22.5 milhões de sacas (aumento de 23% em relação à safra passada), sendo 19.7 milhões de sacas de café arábica (alta de 23,50%) e 2.8 milhões de sacas de robusta (aumento de 20,10%). Os cafés industrializados corresponderam a 2.1 milhões de sacas embarcadas (com crescimento de 2,70%), sendo 2.1 milhões sacas de café solúvel (aumento de 2,80%) e 10.300 sacas de torrado & moído.
Principais destinos
No ano civil de 2020, os Estados Unidos permaneceram como principal destino do café brasileiro, com 8.1 milhões de sacas exportadas para o país (equivalente a 18,30% das exportações totais no ano passado). O segundo maior destino foi a Alemanha, com 7.6 milhões (17,10%) e, em terceiro, a Bélgica, com 3.7 milhões (8,40%).
Na sequência estão: Itália, com 3 milhões de sacas (6,80%), Japão, com 2.4 milhões de sacas (5,40%), Turquia, 1.4 milhão (3,20%); Federação Russa, 1.2 milhão (2,80%); México, 1.1 milhão (2,40%); Espanha, 936.200 (2,10%) e Canadá, 904.200 (2%).
Exportações por continentes, grupos e blocos econômicos
Em 2020, apesar do cenário da pandemia da Covid-19, o Brasil registrou crescimento nas exportações de café brasileiro para todos os continentes, grupos e blocos econômicos.
Entre eles, se destacam os aumentos de 91,30% para a América Central; 41,10% nas exportações para os países da América do Sul; 60,70% para a África; 13,30% para a Oceania; 5,10% para a Ásia; 11,70% para o Oriente Médio; 24,10% para os países do Leste Europeu; 19,20% para os países árabes; 28,40% para os países do Brics, além do aumento de 47% nos embarques de cafés totais e de 63,60% nos de café verde para os países produtores de café.
Vale destacar que nos dois continentes mais afetados pela Covid-19, Europa e América do Norte, o Brasil também registrou um crescimento nas exportações para os países dos dois continentes, de 8,80% e de 3,80%, respectivamente.
Cafés diferenciados
No ano civil de 2020, as exportações de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) corresponderam a 7.9 milhões de sacas, representando o maior volume dos últimos cinco anos para o ano e 17,70% do total de café embarcado em 2020, assim como aumento de 4,40% em relação ao volume de cafés diferenciados exportado no ano civil de 2019.
A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 1.3 bilhão, correspondendo a 22,90% do total gerado com os valores da exportação de café. O preço médio dos cafés diferenciados ficou em US$ 163,60.
Os dez maiores países importadores de cafés diferenciados representam 78,90% dos embarques com diferenciação. Os Estados Unidos são o país que mais recebeu cafés diferenciados do Brasil, com 1.7 milhão de sacas exportadas, equivalente a 21,70% das exportações da modalidade.
A Alemanha ficou em segundo lugar, com 1.1 milhão de sacas exportadas (14,70%), seguida pela Bélgica, com 975.600 (12,40%), Japão, com 668.400 (8,50%), Itália, com 564.500 (7,20%), Reino Unido, com 259.000 (3,30%), Canadá, com 243.000 (3,10%), Espanha, com 239.000 (3%), Suécia, com 219.500 (2,80%) e Países Baixos, com 181.000 (2,30%).
Portos
Em 2020, o porto de Santos se manteve na liderança como a principal via de escoamento para outros países, com 77,60% de participação (34.5 milhões de sacas). Os portos do Rio de Janeiro ficaram segundo lugar, com 15,20% de participação (6.8 milhões de sacas).

 
Fonte: Cecafé
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